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segunda-feira, 16 de março de 2009

EU, NARCISISTA?

A versão mais corrente sobre a origem de Narciso é relatada, nas Metamorfoses, do poeta grego Ovídio e corresponde á transformação do jovem Narciso, filho da ninfa Liríope e do deus fluvial Cefiso. Dotado de extraordinária beleza, Narciso apaixonou-se por sua própria imagem:

“Extasiado diante de si mesmo e, sem mover-se do lugar”

Narciso acaba definhando de fome, de sede até morrer, pois só tinha prazer em admirar sua própria imagem nas águas de uma fonte.

Transformou-se em flor....

Vaidade, auto-admiração, atitudes condenadas pela ética.

Bem, toda essa introdução é apenas para ilustrar um fato muito interessante que comigo aconteceu há dias atrás.

Nunca fui bonita, sempre fui taxada de simpática (normalmente esse tipo de adjetivo se dá aos feios), mas alguém me chamou de Narcisista, durante uma aula na Faculdade. Na hora não me dei conta, mas depois aquela frase veio me “cutucar”...Caramba, eu narcisista? Será que é porque eu ME AMO?

Ah, me amo mesmo, se eu não me amar, como posso amar alguém?

Conversando com a aluna, expliquei que amar-se não adorar a própria beleza exterior. E gostar do que se vê no espelho, sim, mas acima de tudo, o que se vê alem dele.

Só o conhecimento de nós mesmos nos leva a ter tal capacidade. Descobrir nossa própria ignorância, descobrir que somos falíveis.....humanos.

Um comentário:

  1. Rose, super legal esse texto, afinal se a gente não se ama realmente fica impossível amar uma segunda pessoa...
    Parabéns, estou adorando.

    Tiago Cunha

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