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domingo, 3 de novembro de 2013

Para Elô.

Eloisa, ou Elô, foi minha aluna na Faculdade Metodista de Birigui.  Mas como eu e meus queridos alunos combinamos, eles seriam "Meus Sempre Alunos" e eu "Sua Sempre Professora".  

E, posso afirmar, com absoluta certeza, que tê-los conhecido e convivido com eles, foi uma das coisas mais gratificantes que já me aconteceram.

Não me senti professora e nem os senti meus alunos. Nos sentimos colegas, amigos, trocando experiências de, trocando conhecimento, fazendo laboratório de vida.

É claro que alguns alunos marcaram mais, talvez por estar mais próximos, por me dedicar mais carinho.
Com alguns deles, troco mensagens até hoje, mesmo depois de 4 anos.  Alguns me procuram para ajudá-los em seus TCC´s, o que me deixa muito feliz. Enumerar todos eles, seriam um atentado, mas eles sabem que os amo.

Alguns como a Monize, uma graça de pessoinha, acabou se enamorando de um querido amigo, o Fábio e ambos nos convidaram, a mim e ao meu marido,  para sermos seus padrinhos de casamento, o que aceitamos com muito honra.

Infelizmente, tive que deixá-los antes do final do curso, mas os carreguei dentro de meu coração.

Mas a Elô, é um capítulo a parte.   Ela me marcou profundamente, primeiro pelo brilho intenso no olhar, pela sua capacidade de ir além dos acontecimentos da sala de aula, pela sua inquietude.
Recordo-me até hoje, quando entrei naquela sala de aula e perguntei quem gostava de ler, uma sala de mais de 40 alunos, apenas dua mãos se levantaram, a do Marcelo, um outro querido e a da Eloisa.

Ali meu coração já sabia o que vinha pela frente, os desafios que me caberiam.  Mas valeu cada minuto em sala.

A Elô, depois da formatura, voou para os Estados Unidos. Foi trabalhar e estudar e lá, encontrou seu grande amor e, nós aqui em Terras Brasilis, acompanhamos tudo pelo Facebook.

Elô, engravidou e, creio que por sua inquietação natural, sua filhota, Julia, nasceu prematura e nós, aqui de longe, oramos para que ela vá logo prá casa.

Então, especialmente prá Elô, citarei um texto lindo do mestre Rubem Alves:

Minha Música
"Dizem que a razão por que se embalam as criancinhas em ritmo binário é porque, durante nove meses, ouvimos a pulsação binária do coração da mãe. O ritmo binário do coração da mãe se inscreve no corpo da criancinha como uma memória tranquilizadora.  Se isso é verdade, tem de ser verdade também que a música ouvida em tempos anteriores à memória consciente, no sono fetal, torna-se parte da nossa carne."

Acho que no caso da Júlia, o coração da Elô tenha batido no ritmo de uma Orquestra Sinfônica, por isso a Júlia resolveu vir mais cedo ao mundo para conhecer a maestrina.

Elô, um beijo enorme em você, no Santos e na Júlia, uma sagrada família.

Um comentário:

  1. Que lindaaaaaaaaaaaaa! Assim vc me emociona professora!!! Amei!!! Vou postar Espero que vc venha nos visitar e conhecer a Julia pessoalmente! Vc ta certa, quando ela ouve meu coracao, dorme como um anjo, por isso eu nunca conheci a menina "fesity" que os enfermeros julgam conhecer rsrsrsrsr

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