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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HONESTIDADE INTELECTUAL

Queridos e fiéis seguidores...
Recebi um artigo de meu amado "Tiba", que recebeu um  artigo da Revista Exame e também achei muito pertinente compartilhar com vocês.
Como ele (Tiba) eu também não "não resisti ao impulso de compartilhar com pessoas que eu gosto."

 
É melhor "subir na mesa" do que esconder a verdade
 


Honestidade intelectual é simplesmente ser honesto por dentro. Não falar uma coisa e fazer outra. Não dissimular.
Não prometer algo para depois não cumprir.
Honestidade intelectual é ser franco com as pessoas sem agredi-las, mas procurando fazê-las crescer.
É também reconhecer o crédito de feitos e ideias de outros sem se apropriar deles mais tarde.
A honestidade intelectual é condição de uma boa cultura empresarial - como o líder é o formador de cultura, deve estar presente em todo bom líder.
Estimular a honestidade intelectual como cultura empresarial pode ser muito benéfico para que todos caminhem na mesma direção dentro de uma empresa. Se você está numa reunião e não defende seu ponto de vista com ardor só porque seu chefe ou um grande amigo já deram uma opinião contrária, estará faltando com a honestidade intelectual.
Sempre brinco com meus amigos que reunião boa é aquela em que todo mundo "sobe na mesa", "quebra cadeira", mas, depois, todos saem prontos para tomar cerveja juntos.
A empresa ganha e todos saem dali sabendo muito mais sobre seu trabalho. Ao contrário, se todos se fecham no discurso moldado para não ferir suscetibilidades, as reuniões servem apenas para perder tempo.

Certa feita eu estava com Carlos Brito, na época diretor de operações da Ambev (hoje presidente da AB Inbev), e fomos visitar um centro de distribuição da empresa, onde entrevistamos alguns vendedores e supervisores de vendas.
A entrevista prosseguia de forma muito amigável, quando certo funcionário, bastante famoso na Ambev por ser um vendedor extraordinário (talvez o melhor do Brasil) e bom líder, perguntou ao Brito: "Sendo um bom vendedor, eu posso ser promovido a supervisor algum dia?"
Brito lhe perguntou se ele tinha curso superior. O funcionário respondeu que não. Brito, rapidamente falou: "Então você nunca terá chance de ser promovido a supervisor, pois a política da empresa é que os supervisores tenham curso superior".
A verdade tem de ser dita.
Talvez o extraordinário vendedor tenha saído dali decidido a fazer um curso superior, e a honestidade intelectual do Brito tenha sido decisiva em sua vida.

Sonegar ou esconder a verdade é faltar com a honestidade intelectual. Se uma pessoa lhe pede um feedback sobre seu trabalho e você não fala toda a verdade, não está sendo intelectualmente honesto.
Trabalho com consultores e dou feedback sempre que posso em cima do ato. Já notei que todos os consultores a quem dei feedback, alguns bem duros, continuam meus amigos.
As pessoas reconhecem que você se expôs para ajudá-las.
Lá no fundo de sua alma, elas sabem que você só fez aquilo por puro amor e vontade de vê-las crescer - ao contrário do que boa parte das pessoas pode imaginar a princípio.
Também existe, é claro, o lado ético da honestidade intelectual.
Se você mantiver essa postura honesta consigo mesmo, nunca irá, por exemplo, "arredondar" dados de tal forma a ganhar bônus, nunca sonegará informações para comprovar informações (às vezes, até para si mesmo) nem jamais negociará as condições de um contrato para depois redigi-lo de outra forma, descumprindo o combinado.

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